Temporal analysis of the birth and hospitalization of premature children in a Brazilian border town / Análise temporal do nascimento e hospitalização de crianças prematuras em município brasileiro de fronteira

INTRODUCTION: Premature birth is a global public health problem responsible for high rates of infant deaths. OBJECTIVE: To analyze the temporal trend of birth and hospitalization of premature children in a Brazilian border town. METHODS: Crosssectional study encompassing 951 medical records of premature newborns hospitalized receiving intermediate or intensive during 2013-2017 in Foz do Iguaçu, PR, Brazil. The comparisons involved birth and hospitalization variables distributed over the years, and the level of significance was p<0.05. RESULTS: The incidence of premature birth was 10.3% and remained stable in the years studied, however, hospitalization increased from 37.7 to 50.1%. Extreme prematurity (12.2 to 9.5%) and complications (46.0 to 21.6%) showed a reduction, and the use of antibiotics increased (50.0 to 75.2%), with a statistically significant difference (p<0.05). The time of mechanical ventilation (347.2 to 123.9 h) and length of hospital stay (29 to 24.6 days) decreased in the years studied, with no difference in outcome (hospital discharge or death). The most frequent diagnosis at hospitalization was pulmonary disorders. Problems of infectious origin showed a reduction (7.6% to 3.7%), but in 2014 there was an increase in congenital malformations (11.1%) and 2016 perinatal asphyxia (33.7%). CONCLUSION: Although there was a reduction in extreme prematurity, complications, and days of hospitalization, there was an increase in the number of premature newborns hospitalized, showing the need for (re)planning and (re)organization of the care process.

INTRODUÇÃO: O nascimento prematuro é considerado um problema de saúde pública global, por ser responsável por altos índices de mortes infantis. Objetivo: Analisar a tendência temporal de nascimento e da hospitalização de crianças prematuras em município brasileiro de fronteira. MÉTODO: Estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados que analisou 951 prontuários de recém-nascidos prematuros, hospitalizados em cuidados intensivos e ou intermediário, no período de 2013 a 2017, em Foz do Iguaçu, PR, Brasil. As comparações realizadas no estudo envolveram variáveis de nascimento e da hospitalização distribuídas por anos, e o nível de significância foi p<0,05. RESULTADOS: A incidência do nascimento prematuro foi de 10,3% e manteve-se estável nos anos estudados, no entanto, a hospitalização mostrou crescimento (37,7%-50,1%). Prematuridade extrema (12,2%-9,5%) e complicações (45,9%­21,6%) apresentaram redução, e o uso de antibióticos (50,0%-75,2%) aumentou, com resultados estatisticamente significantes (p<0,05). O tempo de ventilação mecânica invasiva (347,2­123,9 horas) e tempo de internação (29,0-24,6 dias) diminuíram nos anos estudados, sem diferenças no desfecho alta ou óbito. O diagnóstico na internação de maior ocorrência foi as afecções pulmonares. Problemas de origem infecciosa mostraram redução (7,6%­3,7%), por outro lado, em 2014 houve aumento de malformações congênitas (11,1%) e em 2016 de asfixia perinatal (33,7%). CONCLUSÃO: Embora tenha ocorrido a redução da prematuridade extrema, de complicações e dias de hospitalização, observou-se o aumento do número de recém­nascidos prematuros hospitalizados, mostrando a necessidade do (re)planejamento e da (re)organização do processo assistencial.